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Scot Consultoria

Brasil cai no ranking de importação de agrícolas da União Europeia


Quarta-feira, 23 de março de 2016 - 05h40

Um dos principais setores da economia brasileira, o agronegócio começa a apresentar sinais de problemas no mercado externo.


Líder mundial em fornecer produtos agropecuários para a União Europeia (UE), o Brasil está perdendo espaço para outros concorrentes.


É o que mostram dados da UE desta segunda (21/3). A exportação brasileira dos últimos 12 meses até janeiro somou R$52,00 bilhões para o bloco, 1,3% a menos do que em igual período anterior.


Nos últimos 12 meses, a participação brasileira no total de alimentos importados pela União Europeia (28 países) foi de 12,0%, abaixo dos 13,0% de igual período anterior.


Já os Estados Unidos, que buscam uma aproximação cada vez maior do mercado europeu, elevaram a participação de 10,0% para 11,0%.


O problema para o Brasil é que, após liderar as exportações para a UE em 12 meses, o país teve acentuada queda em janeiro último.


Nessa avaliação, a União Europeia considera o quanto cada país teve de evolução ou redução das exportações para o bloco.


O Brasil exportou R$3,76 bilhões no primeiro mês do ano para a UE, 5,0% menos do que em janeiro de 2015.


Nesse mesmo período, dez países elevaram as exportações para a Europa, enquanto o Brasil esteve entre os que mais tiveram queda no valor dessas exportações.


A redução nas vendas externas do Brasil foi de R$200,00 milhões no mês.


Apesar desse desempenho menor, o Brasil foi o segundo maior exportador para a UE no primeiro mês do ano, atrás apenas dos Estados Unidos, cujas exportações corresponderam a R$5,13 bilhões no mesmo.


O Brasil pode estar passando apenas por problemas pontuais nas vendas externas – a Europa importou 8,0% menos soja, um dos itens líderes da balança do Brasil.


Mas o avanço das negociações entre europeus e norte-americanos representam um perigo para o país.


Além disso, estão emperradas as negociações do Mercosul com os europeus, diminuindo as chances de o país melhorar o volume exportado para a União Europeia no futuro.


Exportações


Quando avaliadas as exportações dos países do bloco, elas também preocupam. Os europeus estão avançando em países sobre os quais o Brasil deposita um olhar especial. Entre eles, africanos, Oriente Médio e Ásia.


Eliminada boa parte das sanções econômicas sobre o Irã, os europeus também se voltam para o país, um mercado promissor.


O bloco elevou em 44,0% as exportações de janeiro deste ano, em relação a igual período de 2015, para o Irã.


A exportação europeia cresce também para a China, principal parceiro do Brasil. A alta é de 39,0% em 12 meses.


Resta ao Brasil a Rússia. Devido a sanções econômicas, as exportações da União Europeia para os russos recuaram 36,0% no ano passado.


Concorrência 1


A União Europeia, mesmo sem produzir café, elevou em 13,0% as exportações do produto torrado e moído nos últimos 12 meses até janeiro, ante igual período anterior. Incluindo chá, o valor foi de R$4,00 bilhões.


Concorrência 2


Os europeus aumentam também as exportações de gado vivo, um mercado disputado pelos brasileiros. As vendas subiram 25,0%, somando R$ 9,70 bilhões.


Soja


As exportações da oleaginosa já indicam um volume superior a 7,00 milhões de toneladas neste mês, conforme dados até agora da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). No mesmo mês do ano passado, haviam saído 5,56 milhões de soja pelos portos brasileiros.


Fonte: Folha de S. Paulo. 22 de março de 2016


 



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